O cortisol é chamado de “hormônio do estresse”, porque é produzido exclusivamente em situações de medo ou estresse, sempre que o seu corpo entra na resposta de luta ou fuga. O cortisol é originado nas glândulas supra-renais. No estado constante de estresse, tão comum hoje em dia, o cortisol gera inflamações crônicas graves, que podem causar envelhecimento prematuro e levar até mesmo a uma morte prematura. Mas existe alguma relação entre o cortisol e o sono?
O hormônio cortisol pode desempenhar um papel importante em roubar-lhe uma boa noite de sono. A produção de cortisol deve diminuir gradualmente ao longo do dia, até atingir seus níveis mais baixos no final da noite, quando você estiver pronto para dormir.
No entanto, se os níveis de cortisol não diminuírem à noite, porque a resposta ao estresse é constantemente acionada e não elimina a produção de cortisol, isso pode gerar problemas com o sono. Continue conosco neste artigo e compreenda melhor esta relação.
Cortisol e o Sono
O ritmo circadiano da secreção de cortisol tem um padrão em forma de onda; os níveis de cortisol começam a subir cerca de 2-3 horas após o início do sono, e continuam a subir até o início da manhã e início da vigília.
O pico do cortisol ocorre em torno de 9 horas e, conforme o dia continua, há um declínio gradual nos níveis de produção do hormônio. Com o início do sono, há um declínio contínuo. Ao longo do ciclo, ocorrem secreções pulsáteis de cortisol de várias amplitudes.
Cortisol e o Sono – As Funções do Cortisol
O cortisol exerce um efeito profundo sobre toda a nossa biologia. Ele afeta nosso sistema endócrino, que produz todos os nossos hormônios, incluindo o hormônio da tireoide (que regula o metabolismo), a insulina (que regula o açúcar no sangue) e os hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona, que regulam a função sexual, ciclos menstruais e menopausa).
O cortisol tem um efeito profundo na digestão e no sistema imunológico. Também afeta nossos neurotransmissores, os químicos cerebrais que determinam energia, humor, clareza mental, foco e sono.
O cortisol estimula o nosso corpo a manter a gordura corporal; por isso, desempenha um grande papel no ganho de peso. É um dos principais contribuintes para a ansiedade e depressão. Quando nossos níveis de cortisol são ótimos, sentimos clareza mental e motivação. Quando nossos níveis de cortisol estão muito baixos, tendemos a nos sentir enevoados, apáticos e fatigados. O cortisol também afeta nossa pressão arterial e circulação; nossos pulmões, músculos e ossos; e até a nossa pele e cabelo.
O Estresse e a Liberação de Cortisol
Em um corpo saudável, a resposta ao estresse – mediada pelo cortisol – é ativada e desativada a seguir, permitindo que a resposta de relaxamento esteja sob controle. Você trabalha duro durante o dia e depois descansa à noite. Você se prepara para um desafio súbito e então solta a tensão e retorna a um estado de relaxamento.
Quando o cortisol permanece elevado, seu corpo recebe um sinal energizante que dificulta o relaxamento. Além disso, quando nossa resposta ao estresse é acionada com muita frequência, ela é menos capaz de desligar e, portanto, é mais provável que fique presa em um estado de desequilíbrio.
Uma vez que o cortisol está elevado, a privação do sono é a menor das preocupações, pois quanto mais noites passam com cortisol alto em vez de baixo, mais chances você tem de desenvolver problemas digestivos, desequilíbrios hormonais, alterações de humor e/ou problemas relacionados ao seu sistema imunológico (alergias, autoimunidade, infecções e/ou câncer).
Como Controlar os Níveis de Cortisol
Uma das melhores coisas que você pode fazer pela sua saúde e bem-estar é reequilibrar sua resposta ao estresse e os níveis de cortisol.
Uma maneira eficaz de gerenciar os níveis de cortisol é garantir que as glândulas supra-renais recebam os nutrientes adequados. Vitamina B6, ácido pantotênico e vitamina C são nutrientes que muitas vezes se esgotam quando as demandas sobre a produção de cortisol na glândula adrenal são contínuas.
Esses nutrientes desempenham um papel crítico na função ótima da glândula adrenal e na produção dos hormônios adrenais L-tirosina e L-teanina. Além disso, cálcio, magnésio, potássio, manganês e zinco ajudam a melhorar o mecanismo de controle de feedback do cortisol.